Brasileiro com paralisia cerebral se forma em Química

Calebe Alexandrino Veríssimo, brasileiro de 23 anos, com paralisia cerebral, conquistou o título de licenciatura em Química pelo Centro de Educação, Ciências e Tecnologia da Região dos Inhamuns, no final de dezembro de 2015.

Durante o parto, Calebe teve falta de oxigenação no cérebro, o que lhe causou restrições na fala, na escrita e na locomoção, mas não em seu intelecto. Pelo contrário, ele aprendeu a ler tão cedo quanto a maioria dos meninos da sua idade, e esse foi apenas a primeiro passo. “Ele frequentou escolas normais, e em toda sua vida nunca ficou de recuperação!” diz orgulhosa Neuma, que conta que a paixão de Calebe por cálculos também se repete no seu filho mais novo, Filipe Alexandrino Veríssimo.

A unidade da Uece em Tauá atende três cursos: Química, Biologia e Pedagogia. O curso de exatas foi à escolha do garoto, que ingressou na faculdade aos 18 anos. Cumprindo o período regular de quatro anos e meio, sendo “um aluno acima da sua deficiência”, como descreve o professor e diretor do Cecitec, João Batista. “Ele sempre foi um aluno excelente, tirava notas acima da média, nunca faltou uma aula e estava sempre sorridente”.

Durante o curso, o jovem químico também foi bolsista do Programa Pibid (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), como monitor, onde visitava as escolas do ensino médio da cidade e fazia participação nos shows de química com peças teatrais.

Quanto aos planos para o futuro, Calebe pretende seguir em frente e fazer especialização ou mestrado. “Ele é um exemplo de superação, e que não há limites para quem quer sonhar em ser alguém”, conclui o professor João Batista. E o novo químico também manda um recado: “As pessoas não devem desistir dos seus sonhos”.

Fonte: Tribuna do Ceará e Só Noticia Boa.

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